quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Carga nuclear efetiva


Muitas das propriedades de um átomo são determinadas pela quantidade de carga positiva "sentida" pelos elétrons exteriores deste átomo. Com exceção do hidrogênio, esta carga positiva é sempre menor que a carga nuclear total, pois a carga negativa dos elétrons nas camadas interiores neutraliza, ou "blinda", parcialmente a carga positiva do núcleo. Os elétrons interiores blindam os exteriores parcialmente do núcleo, assim, os exteriores "sentem" só uma fração da carga nuclear total.
Para conseguir uma compreensão melhor deste efeito, considere o elemento lítio, cuja configuração eletrônica é *1 s², *2 s¹. Os elétrons interiores (*1 s²), abaixo da camada de valência *(2 s¹), estão mais fortemente ligados ao núcleo e passam maior parte do tempo na região entre o núcleo e o elétron no nível exterior. Esta nuvem eletrônica interior tem carga -2 e envolve um núcleo cuja carga é +3. Quando o elétron exterior 2s "olha" para o centro do átomo, ele vê a carga +3 do núcleo reduzida a cerca de +1, por causa do efeito da carga intermediária -2 dos elétrons interiores. Em outras palavras, a carga -2 dos elétron interiores efetivamente neutraliza duas das cargas positivas dos núcleo, e assim a carga resultante "sentida" pelo elétron exterior, que recebe o nome de carga nuclear efetiva, é apenas cerca de +1.
A carga nuclear efetiva percebida pelos elétrons exteriores é determinada principalmente pela diferença entre as cargas do núcleo e a carga total dos elétrons interiores.
Em outras palavras: carga efetiva é a resultante da carga sentida pelo elétron.
Legenda
  • a sm
  • a⇒ camada de valência
  • s⇒ subnível de energia
  • m⇒ número de elétrons no subnível 



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