A profissão é indicada para quem ama e se interessa sobre novidades
tecnológicas, está disposto a estudar mesmo depois de formado e tem
espírito empreendedor. Por conta do aumento dos lucros das empresas
petrolíferas, principalmente no Rio de Janeiro que concentra 70% da
produção do país, a procura pelo curso de Engenharia de Petróleo tem
crescido muito ultimamente. Para se ter uma idéia, a concorrência do
vestibular desta área na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
superou o curso de Medicina. No entanto, ser um profissional deste ramo
requer mais do que empolgação: exige uma constante atualização técnica,
coragem e determinação para enfrentar riscos, como o de trabalhar em
plataformas. Além disso, é preciso ter um perfil empreendedor e
dinamismo para tomar decisões antes e durante as operações.
O curso de Engenharia de Petróleo “trata de questões
ligadas às atividades de exploração, produção, elevação e escoamento de
petróleo e gás”, de acordo com Valquíria Daher, do jornal O Globo. O
curso dura cerca de cinco anos e envolve disciplinas básicas como
matemática, física, química e informática. Dentre as específicas,
destacam-se geologia, perfuração de poços, produção de petróleo, dentre
outras. O curso também envolve grandes subáreas, como Engenharia de
Reservatórios, Engenharia de poço (perfuração e completação), Engenharia
do gás natural, e Processo de produção, elevação e escoamento.
O engenheiro petrolífero pode atuar, segundo Daher, na (os):
1. Indústria de petróleo e gás, fazendo perfurações exploratórias;
2. Produção de hidrocarbonetos em plataformas fixas ou flutuantes;
3. Estudo e simulações de reservatórios;
4. Estudo e elaboração de técnicas de recuperação secundárias e terciárias do petróleo;
5. Estudo de elevação artificial (na parte vertical do poço);
6. Desenvolvimento de campos inteligentes, a fim de que se possam controlar os hidrocarbonetos à distância;
7. Estudos de novas tecnologias voltadas à área.
O que profissionais do ramo destacam nessa carreira é que o trabalho
jamais cai na rotina. Shiniti Ohara, engenheiro do petrolífero da Devon
Energy, afirma, numa entrevista publicada no Guia Megazine das
Profissões, que lida diariamente com a natureza e, por mais que se sinta
capaz de prever os problemas que possivelmente surgirão, sempre aparece
o imprevisível. “Cada poço que perfuro, é diferente do anterior, cada
dia é um novo desafio”, conta.
O mercado está aberto e em constante expansão. A estimativa é de que
continue assim, graças à exploração e desenvolvimento de novos campos
petrolíferos principalmente ao longo do litoral o Rio de Janeiro.
Geralmente, os engenheiros petrolíferos trabalham cerca de oito a nove
horas por dia. Em época de perfuração de poços, no entanto, o engenheiro
precisa avaliar, programar e implementar procedimentos de perfuração de
uma forma que seja viável economicamente e, como a sonda funciona 24
horas por dia, o engenheiro chega a trabalhar 12 h por dia, inclusive em
finais de semana e feriados. E isso não é raro. Quem trabalha
embarcado, por exemplo, cumpre turnos de 12 h por 14 dias seguidos para
poder folgar outros 14 dias. Por conta disso, os salários de um
iniciante, por exemplo, é de R$ 3 mil a R$5 mil em uma grande empresa.
O domínio da língua inglesa é fundamental para quem escolhe esta
área. Ter especialização e pós-graduação, “principalmente no exterior,
fazem grande diferença na formação”, afirma Daher. O governo federal vai
investir R$170 bilhões de reais no setor até 2010. A demanda é tão
grande de profissionais nesta área que serão oferecidos, gratuitamente,
cursos de especialização em diversas instituições do país, como o CEFET,
Fundação Getúlio Vargas, SENAI, UERJ, PUC e Unicamp.
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